Quem escreve é assim mesmo meio bobo
Meio besta meio que sentimental
Tal qual um animal solitário preso
Numa gaiola numa grade numa jaula
Tal peixe numa rede ou fisgado num
Anzol ao querer se libertar quem escreve
Gente é assim meio piegas mesmo
Chinfrim às vezes nem sabe o que quer
Chega mesmo a não saber de nada
Deixa o fluido correr deixa a verve
Sangrar a hemorragia não quer estancar
Palavras vem palavras vão o vento leva
O vento vem trazer brisa orvalho névoa
Sereno só o triste é a fumaça das
Queimadas da natureza ao morrer
As árvores ao virar brasas o mato
Virar carvão o ar ficar rarefeito
A dor paralisa meu coração quem
Cuidará da fauna? quem preservará
A flora? quem salvará a espécie?
Dizem que não merecemos a vida
Será por isso que herdaremos a morte?
Nós mesmos nos exterminaremos ao
Exterminarmos as coisas que nos
São úteis? Nova Lima lima nova
Laranja limão terra pão torrão
Não tem preço a canção não se
Tem mais apreço às coisas do coração
Não se observa mais as montanhas não
Se olha mais para o céu as nuvens passam
Nem reparamos depois dizemos
Que somos infelizes que Deus não
Tem misericórdia de nós que
Deus não tem pena de nós nem
Nos abençoa até por que os culpados
Somos nós que somos indiferentes a
Tudo a todas as coisas boas que Deus deu
Nenhum comentário:
Postar um comentário