O que são os nomes se as pessoas não são?
O que são os elementos
Se são quebrados pelos insensatos?
Os vermes furam os ossos corroem
Os nervos devoram a carne
O que são os poderes se quem
Os detêm são podres? o que vale
A força o terror o horror as bombas?
A guerra de que vale a guerra?
A eternidade nasceu para
Alguém? fecho-me no meu
Casulo não sofro a metamorfose
Não transformo-me naquela
Borboleta que passou a voar
Indiferente por aqui as montanhas
Derretem os mares secam as estrelas
Se desintegram o que são os
Deuses os santos os oráculos o
Olimpo? nossos ossos que aqui
Estão esperam pelos vossos nossas
Cinzas que aqui estão esperam
Pelas vossas não tenho olhos para
Mim tateio nas trevas fujo para
Os mais recônditos esconderijos
Sou a lagarta que todos querem
Exterminar todos usam repelentes
Contra mim tenho nome mas
Não sou meu nome minha dor
Não é nada o nada me interessa
Tudo que faço é com pressa
Pois o tempo voa o amanhã é
O hoje o presente é o futuro sei
Que vivo não saio dessa liturgia
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