E que, nas ruelas, o vento
Suspirava sem estar seguro de si,
Nada podia me acalmar, nem o travesseiro,
Nem a papoula, nem o que faz também
Dormir-uma boa consciência.
Enfim, renunciei ao sono,
Corri para a praia.
O clarão da Lua era suave e, na areia quente,
Encontrei o homem com seu barco.
Os dois cochilavam, como pastor e ovelha:
-Sonolento, o barco deixou a imagem.
Uma hora passou, talvez duas,
Ou talvez mesmo um ano?
De repente meus sentidos foram submersos
Numa eterna inconsciência
E um abismo se abriu,
Sem fundo:- tinha terminado!
- Chega a manhã, em negras profundezas
Um barco repousa e repousa -
Que aconteceu? Um grito se eleva.
Cem gritos: que há? Sangue
Nada aconteceu! Tínhamos dormido,
Todos - Ah! Tão bem! Tão bem!
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