quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Felicidade não a conheço nem nunca a encontrei; NL, 0130402008; Publicado: BH, 0310102010.

Felicidade a não conheço nem nunca a encontrei
A felicidade quando fui criança me enganei
Enganaram-me iludi iludiram-me
O que penso que foi a maior covardia que
Fiz que fizeram comigo castraram-me na
Minha infância até hoje vivo de engatinhas a
Falar dadá gugu mamã papá a pedir
Mamadeira papinha chupeta para chupar
Derradeiro último em tudo quem tentou
Se reconciliar comigo saiu mais ferido do que
Entrou decepcionou-se arruinou-se também
Viu a própria felicidade os sonhos irem por
Água abaixo quem primou a minha companhia
Só sentiu ansiedade agonia viveu angústia
Os efeitos de minha anomalia não converso
Não falo não comunico não pergunto me trumbico
Não penso não raciocínio o discernimento passou
A mil léguas de mim qualquer outro ser
Humano ou pessoa é mais feliz do que sou não sei se
É porque querem pouco quero sempre mais
Qualquer bagatela os satisfazem a mim creio
Que não por qualquer trinta moedas se vendem
Traem uns aos outros tenho certeza que eu
Não ou talvez esteja na mentira no delírio ou no
Engano como sempre não tenho lógica em
Nada nem para nada não organizo nem os
Meus pensamentos toda vez que almejo brilhar é
Que vejo a verdadeira dimensão de minha mediocridade
Cuspo no prato em que comi piso no pão que me
Dão nem o diabo fez massa para mim quanto mais
Deus que já fez de tudo me deu de tudo joguei
Fora com a vida que levo de fato sou um
Boato um virtual simulacro de homem de fato sou
Um pesadelo um sonho que não veio um sono
Perdido uma causa sem efeito não adianta tentar
Nem teimar é suicídio na certa eutanásia
Moribundo atado às máquinas paciente terminal
A felicidade até agora está na encruzilhada das paralelas 
Numa tentativa de angariar algum conceito mas como dói

Nenhum comentário:

Postar um comentário