Quero uma mulher igual a do Juca Chaves
Que ligada a mim não à outra pessoa
Por meio de laços de amizade
Quero uma mulher amiga amásia amante
Não importa o que seja
Que seja amigada amancebada
Mas que saiba fazer amor
Beijar bem na boca
Querer fazer carinho
Não precisa ser ametística
Que diz respeito a ametista
Não precisa ter o brilho
Nem a cor da ametista
Seja só a pedra preciosa
Amétrica sem medida
Mesmo que sofra
Da designação genérica
Da miopia ou da hipermetropia
Ou do estigmatismo
Saiba me enxergar na ametropia
Já que no meu olho as imagens
Tendem a formar-se adiante
Ou atrás do plano da retina
Mas não corresponde a visão distinta
A causar a forma amétrope
Que nem o curandeiro amétropo
O amezinhador adivinhador
Charlatão ou não será capaz
De decifrar o amial
O amieiral do quintal
Lugar plantado de amieiros
No pano branco bento que o sacerdote
Põe aos ombros por baixo da alva
Quando se reveste para dizer a missa
O amicto pagão profano do amículo
Pequena capa ou véu espécie de
Mantilha negra para esconder a
Vergonha da nossa existência
Quero uma mulher
Que não me leve para o céu
Só se for para o céu da própria boca
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