Estou preso aqui neste alambrado
Cercado de arame farpado
Feito um gado abandonado
Da cor de alambre que não pode
Fugir para ir para o pasto
Estou aqui fincado neste chão
Alamedado como se estivesse
Plantado de álamos enraizado
Cada vez que tento voar
Só consigo mais me alamedar
Sem me dar a forma
Ou a disposição de alameda
Mas a de alamia que faz
Certa peça do jaez do cavalo
Que me dar a feição de alambor
Declive de tornar-me convexo
Do fardo que me faz alombar as costas
Arquear meu lombo com o peso
Alamborar-me de remorso de dor
Com o suporte e o aumento
Da espessura na base de construção
De homem de alvenaria
Alamborado sem poesia
Bêbado alambicado de aguardente
Presumido no orgulho no egoísmo
Vaidoso invejoso consumista
Presunçoso no erro na mentira
Convencido nas baixas ações
Afetado e carregado de máscara
Indivíduo arrebicado
Que não ver na presunção
Que é grosseiro desajeitado
Que só sabe alambazar-se
Ser lambaz ao comer muito
Mais do que a barriga é capaz
Asselvajado glutão pobre
Desmazelado alambazado arruinado
Preso aqui nesta cerca pregado
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