54 segundos de vida
54 minutos
54 horas
54 dias
54 semanas
54 quinzenas
54 meses
54 anos até agora nenhum lapso de
Razão de lucidez de noção até
Agora nada só o vazio o oco o vácuo
Da inexpressão nenhum dom de inspiração
De criatividade ou imaginação nada nem dote
De cordado de tino de senso ou de
Classificação o tempo voa mais rápido
Do que a luz continuo cravado na cruz
Com a cruz enterrada em minhas costas
Empalado pelas estacas medievais da estupidez
Não andei um milímetro nem evoluí um
Átimo desconheço tudo tudo é desconhecido
Para mim até mesmo o amor o gostar
Dum ser o fazer alguém feliz ou o
Dar a vida por alguém nada disso
Conheço não sei fazer ao acordar de
Manhã quando penso que estou mais
Evoluído mais moderno distinto
Percebo o que sinto em tudo que
Falo minto em tudo que sinto
Minto se vivesse 54 séculos
Não seria a realidade a verdade
A vida ainda continuariam desconhecidas
Por mim a hibernar na mais profunda
Caverna quando meu peito enfim
Aquietar parar de arfar os 54
Passos daqueles que virão me
Buscar para me levar não sei
Para aonde entenderei que meus restos
Mortais esperarão por mim na
Capela da moradia dos ossos
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