Inda não sinto-me completo
Um homem completo
Um ser ideal
Um ser liberto
Sinto-me inseguro frágil e fraco
A minha superficialidade
Deixa-me à mercê do vento
E sinto medo de qualquer coisa
Sinto-me acovardado e inútil
E não tenho coragem
De morrer por qualquer que seja
A minha causa ou razão
Meu coração dispara
Por todos os motivos
E descontrolo-me todo
E só falto cair ao chão
Por falta de forças nas pernas
Sinto a morte a rondar-me
Às vezes um sisudo senhor
Outras vezes uma meiga senhora
Sinto a morte a meter-me medo
E a fazer careta para mim
Estou sem meu elo perdido
Sem minha cara metade
Meu alicerce
E minha pedra fundamental
Uma palha no vendaval
Uma catraia à deriva
Numa procela em alto-mar.
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