Vou partir não sei para aonde vou nem sei se voltarei
Pois do meu destino não sei quero ir para bem longe
Fugir de mim esconder-me nas brenhas onde não
Houver espelhos nem senhas pois não quero
Números nem resenhas não quero
Esboço nem croqui chorar mais não
Somente rir vou escutar samba
Bossa nova roquenrol blues outras
Cantigas do tempo da minha avó
Mesmo que ninguém esteja comigo
Que esteja só amanhã se
Por acaso voltar quero que
Meu bem esteja a me esperar a me
Olhar da janela como uma santa
No altar quero que quem chora
Pare de chorar quem sofra pare de
Sofrer que toda dor deixe de doer
Não tenho tesouros muito menos riqueza
A única coisa que sei é que a
Poesia é a minha proeza a vejo
Em toda parte em todo canto em
Todo lugar é o dom que me faz
Até de olhos fechados a enxergar
Vou comer poeira pó de estrada
Beber água de chuva deitar meu
Corpo nas pedras me cobrir com o ar
Só não quero é angústia ou ansiedade
Ainda a me desesperar quero calma
Paz de águas tranquilas segurança
No meu olhar a garantia de na
Manhã seguinte encontrar o orvalho
O resto de sereno que queira me molhar
Vem amor segura minha mão
Encoste o ouvido no meu peito
Ouças a voz do meu coração
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