Quando lancei o arpéu
O pequeno arpão o gancho de ferro
Usado na abordagem ai
Faixeta do meu coração
Com garra de unha de mão
Emitiu um arpejo ai
Acorde cujo som vibrado
É emitido sucessivamente
Ao arpoar meu peito
Não senti a dor ai
Senti foi atingir a mágoa
Foi prender a angústia
Seduzir para o meu rosto
A lágrima do meu pranto
O lamento do meu choro
Arqueiro aflito sem pontaria
Que em conflito atirava com
Arco na mira de minha mosca
Não acertei meu alvo
Fabricante de ilusões ilusionista
Vendedor de arcas
Cheias de promessas vãs
Goleiro medíocre
Onde toda bola é gol
Réptil arquejante
Sem poeira para rastejar
Rasteja nas brasas vivas
Rasteja nas cinzas quentes
Que fazem o respirar
Com dificuldade
Arfar extremamente
Na hora final
Ofegar desesperadamente
Até o último arquejar do
Suspiro da vida
A morte literalmente dita
Pois morrer é melhor
Penso que viver é o
Vazio o branco o vácuo
No meu derradeiro arquejo
Lanço este uivo de desejo
Não recupereis meu fóssil
Não o considereis para estudo
Quando for encontrado
Daqui a milhões de anos
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