Sou um grosseiro dum arigó
Uma pessoa rústica tosca
A minha mente não tem tegumento
Nada cobre o meu corpo de animal
Pele pelos penas escamas
Nem tenho arilo
Em mim não uso o soba
Na minha aringa
Meu campo fortificador
Não sou o chefe ou o régulo
De minha tribo africana
Meu sobado não é governado por mim
Não mando nas minhas arintas
Nas variedades de uvas brancas
Nem bebo o meu atinto
O vinho feito com essas uvas
Minha pobreza não me deixa joeirar
Aripar as areias para retirar as pérolas
Morro de mediocridade
Não me pari ainda
É arisco o meu pensamento
Arenoso como o deserto
Bravio igual a cavalo selvagem
Esquivo feito as sombras
Insociável igual as serpentes
Meu espírito aristado infrutífero
Com todas as arestas dos espinhos
Afasta de mim o meu aristarco
O censo crítico severo
A aritmética que nunca entrou
Em minha cabeça de arlequim
A parte da matemática que estuda
As propriedades teorias dos números
As gerações com que efetuam
Estou no resto do diminutivo
Estou mais para a personagem
Da antiga comédia italiana
Do que para aristocrata
Não consigo me envergonhar
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