Minha cabeça está confusa
Nem sei mais o que fazer já a bati contra o
Muro já a joguei contra a parede até
Agora não deu sinal de vida minha
Cabeça é assim inusitada às vezes parece viva
Outras vezes parece morta já a lancei contra
Punhos cerrados deixei que a socassem
Continuou obtusa nem deu bolas à
Percepção continuou obscura chumbada
Pesa mais de mil toneladas minha cabeça
É assim de bêbado de embriagado só escreve por
Linhas tortas deixa-me acabrunhado tímido
Irresoluto inseguro é uma cabeça oca habitada
Pelo vácuo cheia de nuvens nuvens tenebrosas carregadas
De trevas inóspitas já a tentei abrir no maçarico já a
Joguei dentro do pilão a coloquei debaixo dum
Bate-estacas nada nem grão virou nem pó
É mais dura do que o diamante só não
Tem é o mesmo valor já a tentei leiloar
Ninguém a comprou é uma cabeça sem dono
De baixa cotação parece que tem nobreza mas
É pura enganação qualquer vento à balouça
Qualquer tremor a põe no chão minha cabeça
Está perdida foi lançada dentro dum vulcão
Dói mais do que ferida machuca mais do que
Coração é cabeça de bigorna de fornalha de forno
De alta cremação funde o ferro o aço por qualquer
Preocupação não acerta um problema nem
Resolve equação quem espera dela solução
Morre de inanição quem requer resolução
Acaba sem pé sem mão não esperes então
Peço para não ter decepção pois cabeça
Igual à minha nunca vi não se alguém
Já viu outra igual que dê-me informação
Até logo mais amigos até outra ocasião
Vou partir para longe pois não tenho opção
Vou procurar um fogão de lenha fazer dela
Um tição ir para a próxima encarnação
Nesta não dei resultado não
Nenhum comentário:
Postar um comentário