Quero que todos entendais não cobreis
De mim dinheiro riquezas poder ou força
Não nasci para ganhar dinheiro para ser
Rico poderoso ou forte até hoje ainda
Não sei mesmo para que nasci qual é o
Meu papel nesta vida aqui mas disto tenho
A certeza não nasci para satisfazer
Alguém para ter orgulho egoismo
Inveja ou ambição não nasci para
Juntar cifrões é assim que serei
Até o último dia de minha vida dou
Mais valor ao voo duma borboleta
Azul do que ao trajeto dum carrão
Não dou valor ao bife suculento
Sim a um pedaço de pão quero que
Todos presteis atenção não tenteis
Entender-me nem mesmo entendo-me
Não nasci para comprar nem para
Vender sinto mais atração por mendigos
Seres dos subterrâneos do lado escuro
Da vida que vivem pelos cantos
Pelos contornos das ruas de fundo que
Andam rente aos muros nas penumbras
Nas sombras das paredes se escondem
Nas caladas da noite não nasci para
Aqueles que brilham durante o dia
Ou que só existem para as luzes dos
Holofotes minha luz é a das estrelas
Da lua do sol do vaga-lume podeis
Criticar-me chamar-me de mentiroso covarde
Medroso podeis-me excluir do meio
De vós não queirais a minha companhia
Sozinho comigo mesmo já estou
Muito bem acompanhado
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