Se um dia transformar-me
Nalgo de útil uma videira até
Quero tudo de bom que possa ser
Empregado para adubar-me
Do ampelito xisto argiloso aluminífero
Rico em carvão à água boa
A terra rica em sais minerais
Em ampelina tudo mais
Substância graxa semelhante
Ao creosoto que resulta da destilação
Dalguns xistos betuminosos
No meu terreno ampelídeo
Tudo o que for semelhado
Ou que diz respeito à vinha
Cultivarei esse relativo
A família das Ampelídeas
Toda família de plantas a saber
A ampelidácea a ampelídea
Espécime antiga ampelidace
Serei uma videira especial
De reserva de sabor de moral
Qualidade de amparador sem igual
Não pedirei socorro aos céus
As minhas raízes que sustêm-me
Serei amparado pelo bem
Esteado pela boa chuva a isso destinada
Apoiado por toda a natureza
Não me verei amoxamar por toda a vida
Não me verei a secar como moxama
Não me tornarei magro tal aidético
Serei amovível de terra nunca
Suscetível de remoção não vital
Vitalício eternamente o que dura
Inamovível pela obra deixada
A única amovibilidade a me
Acompanhar é o passar o virar
Das páginas de páginas legadas à posteridade
Das páginas de páginas legadas à posteridade
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