quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Não sou analisável; BH, 0170402000; Publicado; BH, 020702012.

Não sou analisável
Não sou o que se pode analisar
Não sou o analisador nem
O que aquilo que se analisa
O meu carácter análgico
Tudo que sinto em relação a analgia
Faz de mim um cadáver analfabético
Afogado no meu analfabetismo
Que me impede de restaurar as forças
Até me joga longe do analéptico
Longe da analéptica a parte
Da higiene que ensina
A restabelecer as forças dos convalescentes
Mesmo que procure
A analepse ou a analepsia
Que preciso tanto de me
Restaurar das minhas forças perdidas
Por minhas doenças crônicas sórdidas
Que preciso tanto de convalescença
Viro um louco analemático
Um maluco do analema de planisfério
Da projeção ortogonal da esfera
Sobre o coluro dos solstícios
Instrumentos de gnomônica
Neste analector desconhecido
Feliz o que organiza o analecto
Com coleção clássica de escritos
Com coleção nobre de aforismos
Ou de ditos célebres de obras-primas
De obras de arte-raras tal o analcima
Ou o analcita mineral pseudo monométrico
Silicato hidratado de alumínio sódio
De toda espécie de palmeira anajá
Da mesma que inajá
Do pequeno arbusto anágua-de-vénus
Ornamental que cujas flores
Apresentam quase o feitio
Duma pequena saia branca

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