Àquela para que é a tal
É na contração da preposição
Com o pronome demonstrativo
É a que está aquém de mim
Do lado de cá do meu eu
Em nível inferior ao meu ser
Abaixo do meu lado de baixo
Que está distante de minh'alma
Que nada no aqueronteu
Rio do inferno mitológico
Chamado de Aqueronte
Onde o barqueiro Caronte
Navega com a canoa
Dum lado para outro
A cobrar uma moeda de dinheiro
Por cada alma que vem
Aquele que está distante
A viagem é mais longa
Paga bem mais caro
Aqueloutro não atravessa
Esqueceu a moeda
A alma vai ficar a vagar
Á deriva na catraia
A morte não tem pressa
Àquele que neste lugar tudo vai pagar
A este lugar quando chegar
Não adianta chorar gritar de dor
Neste ponto a morte é mais eterna
Nesta ocasião é churrasco de coração
No braseiro de Cérbero o Cão trifásico
Falta a aquiescência da vida
Aquiescer o destino na fogueira
Assentir e resignar sem reclamar
Anuir às ordens recebidas cumprir
Aquietar bem no fundo do poço
Ficar quieto a serenar
Aqui não é aquífero
Não há água
Há lava de enxofre
Vulcão a vomitar eternamente
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