segunda-feira, 18 de junho de 2018

Prometeu; BH, 0220801999; Publicado: BH, 0210602012.

Prometeu 
Fez o homem conhecer
A ardência do fogo dos deuses
Conheceu a veemência dos deuses
Ao ser acorrentado no alto duma montanha
Onde os abutres devoravam-lhe o fígado
Sentiu na carne o ardor das bicadas
O sabor acre das substâncias que lhe eram
Retiradas aos pedaços de dentro de si
Por passar aos humanos certas qualidades
Estados ardentes do fogo
Sentiu o que realmente arde
A causa do grande calor que é a dor
As picadas picantes impetuosas
Do castigo veemente intenso
Nenhum deus veio acudi-lo
Estar o fogo aceso em chamas
Graças a não mais menor
Ao deus Prometeu guardião do fogo
O fogo arde na minha lareira
Sinto vejo arder queimar
Abrasar em mim como um desejo
Inflamar-se em meu peito frio
Hoje passo a sentir muito calor
Desejar intensamente
Conhecer o fogo da mulher atraente
Ter o sabor acre queimante
Propagar-se por meu corpo todo
Posso receber o mesmo castigo
Por roubar possuir o fogo daquela deusa
Ficar ardido fermentado
Não desistirei do meu ardil
Sou corajoso ousado
Tenho estratagema astúcia
Sou ardiloso sagaz
Vou empregar tudo de astucioso
Pois só sei amar com ardor
Quero o ardimento a 
Ardência daquele amor

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