Meu archote apagou-se
O meu pedaço de corda breada
Meu pedaço de madeira
Com material inflamável na ponta
Para iluminar toda a extensão
Do meu sinuoso sombrio caminho
Não há luz duma das extremidades
Já apagou-se duma vez
Agora tenho que arcar
Com a minha cegueira
Que tenho que arquear
Dar a forma de arco
Mudar a capacidade do navio
Na vasilha d'água
Tomar o arco da esperança arrostar
Encarar sem medo enfrentar
Afrontar sem covardia defrontar-me
Lutar vencer apesar de ser perdedor
Apesar de estar no escuro
Não ser morcego não saber voar
Pelo eco pelo ouvido
O meu arcano é este
Um segredo sujo
Um medo incompreensível
Uma covardia secreta
O mal misterioso que não sei curar
Já procurei o arcebispado
A dignidade a jurisdição residência
De arcebispo prelado superior ao bispo
Fui até ao arcediago
Eclesiástico com certos poderes
Sobre os párocos de sua diocese
Não esqueci o arcipreste a dignidade
Eclesiástica que dá ao pároco
Jurisdição sobre outros
Confessei comunguei penitenciei
Com ninguém encontrei
Pelo ao menos alguém que
Dissesse-me te salvei
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