Não há quem lhe cuspa para cima
Que não lhe caia na cara
No pretérito comeste o pão
Que o diabo amassou
Hoje cospes no prato que comeste
Não precisas nem respeito
Só consideração só a lembrança
Só a memória do coração
De ajuda todos precisamos
De amparo social também
Quando estivermos no ápice
No topo do morro
No cimo da ladeira
Tomarmos cuidado para
Não descermos a rolar
Lá de cima da colina
Não esquecer de ajudar
Quem ficou aqui embaixo
Estendido na poeira
Da estrada da vida
A magoar os pés
Nos seixos nos pedregulhos
Nos espinhos dos caminhos
Então meu caro
Não firas para não seres ferido
A órbita da Terra em torno do Sol
Pode até ser eterna
Continuar noutra vida
O que não pagas aqui
Com certeza pagarás no além
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