Vi uma flor
Na poeira da estrada
A olhar fixamente para mim
Vi um filhote de passarinho
Abandonado sozinho
Fora do ninho
Assustado assombrado
Como se fosse eu um monstro
Preste a devorá-lo
Vi uma criança
Sentada à beira da calçada
Toda suja encardida
Não parecia uma criança de verdade
Seus olhos eram tristes
Sua face era dor
Que dia mais sem graça
Porquê não nasci cego?
Não sentiria tanta dor
Neste meu pobre coração de isopor
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