Não sei o que fazer se nunca soube o que fazer
Este tempo deixa-me louco
Com vontade de beber de fumar o
Mundo todo preciso fazer só que
Não sei o quê? quero preencher o vazio
Dentro de mim sinto que sou tão
Pequeno que nada cabe dentro do meu
Ser não canto uma música não
Declamo uma poesia não falo um
Poema não sei das novidades
Nem do que é moderno na sociedade
Procuro não encontro sinto-me
Um cego num tiroteio participante
Duma briga de foice no escuro
Quero ser os outros não ser que
Está em mim vivo complicado
Complexado reflexão alguma faz-me
Chegar a uma conclusão satisfatória
Medito não acredito oro rezo prece
Milagre algum acontece comigo
Impotente incompetente cedo-me
Diante da injustiça da violência
Do meio em que vivo vivo sem saber
O que é a vida não entendo
Nem compreendo o sentido de
Minha existência parece que não
Tenho rumo nem direção bato
Cabeça o meu pensamento só sabe
Desestabilizar o meu coração recorro
À oração recorro à reza recorro ao cantochão
O resultado é pífio o desempenho é
Vão a alegria é ínfima a
Felicidade não é o meu pão
Mastigo tristeza mágoa não sei
De que nem para que rumino
Feito boi no pasto sempre a olhar
Sem reação o carrasco que quer abater-me
Um cego num tiroteio
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