A poesia nunca pode ser chamada de moderna
De poesia moderna penso que poesia é atemporal
Mais antiga do que o mundo mais
Nova do que o futuro mais atual do
Que o presente não tem sexo nem cor
Não é física nem cerebral fisiológica
Ou natural não tem cheiro nem é espiritual
Poesia não tem corpo alma nome
Veio da existência do aquém vai para
A inexistência do além é o lado de lá
Dos astros que não giram em torno do seu
Próprio eixo não vive nem morre pois não
Tem início nem meio nem fim encanta
Quem a procura a ama é canto para os surdos é
Visão para os cegos voz para os mudos vive sem
Os poetas os poetas não vivem sem a poesia é
Independente remédio para doentes
Ressurreição para os mortos imortaliza
Eterniza perpetua destrói barreiras
Impérios reinados como uma deusa é
Vista em toda parte sentida tocada digerida
Como uma mulher é cobiçada assediada desejada
É gladiadora ao mesmo tempo um soco
Uma porrada um murro um chute no saco não
Perdoa nem desculpa metafórica aparecida
É treva é luz loucura sanidade é dor
Alívio chora ri é árvore é fruto ubíqua
Comida água sombra anã gigante
Mendiga galante enriquece quem a tem
Empobrece quem a não tem não pode ser
Pegada presa algemada acorrentada é a
Liberdade no mais puro sentido impossível de
Definir identificar procura a verdade sair da
Mentira fixar a realidade penso que a poesia
Nunca pode ser descrita descartada escrita é
A letra a palavra o símbolo a luta entre
O bem o mal a vida a morte o sul o norte
O azar a sorte o esconderijo do fraco
A demonstração do forte
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