Argamassar bem as paredes do tempo
Unir com boa argamassa o passado
Da África que já sabemos que
Temos o sangue nas veias
Se é argelino natural da Argélia
Ou Argel a capital só Deus sabe
Sei que temos sangue argelino
Tomamos leite da mãe África
Em porões de navios negreiros
Presos acorrentados doentes
Famintos desesperados
Fomos vomitados nesta terra aqui
Terra de argentários avaros
Banqueiros gananciosos
Capitalistas selvagens
Por não aprendermos
A argentar a pele
Pratear embranquecê-la
Somos escravos da burguesia
Dos filhos da elite
Se fossemos claros argênteos
Brancos feitos de prata prateados
Não seríamos pranteados
Chorados chorosos chorões
O argentino não o argênteo não
Que tem o timbre da prata
O natural da Argentina
Na América do Sul
Parece até que nos superou
Somos nós que copiamos
Tudo que inventam
Até a falsa democracia
Porém estão melhores
São corajosos lutam
Vão à guerra contra os opressores
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