Já que não sei ser homem
Vou arremedar um homem
Imitar de qualquer maneira
Normal ou caricatural
Já que não sei ser
Vou parecer manter a aparência
Quem sabe que com este arremedo
Não consigo alguma coisa
O meu arremessamento na vida
O meu atirar para longe a insegurança
Superficialidade fraqueza
Quem sabe não consigo repelir
O mal que me aflige
A falsidade a ilusão
É arrojar-me com ímpeto na verdade
Lançar-me de vez na realidade
É o arremessar da vida real
No meu corpo morto inerte
Algo precisa acontecer comigo
Preciso sentir o meu arremesso
A minha investida na busca
Das respostas para as minhas perguntas
Tenho que arremeter como o jato
Que com toda a velocidade
Precipita-se com cautela
A usar de toda a coragem
Que sempre falta-me
Na ocasião de ação mais arrojada
E para a arremetida final
Que terei que fazer
Para sair do lodo
Preciso contar comigo
Quebrar a máxima
Donde que não se espera
É que não sai nada mesmo
Já que estou um morto
Tenho que parecer que estou um vivo
Tirar alguma coisa de mim
Ninguém notará a diferença
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