Penso que estou doente de apoplexia
Fico enfurecido por qualquer coisa
Zangado à toa à toa com raiva
Penso que não sei o que
Vem a acontecer comigo
Por qualquer motivo fico arretado
Arreitado de ira sem razão
Sem encontrar a causa
Penso que sei que estou doente
Não existe cura para o meu mal
Só faço arretar-me sem solução
Intratável com todo mundo
Insociável com mulher filhos
Arrevesado com pais irmãos
Torno-me obscuro embaraçoso
Em ocasiões simples fáceis claras
Só sei arrevesar com os outros
Ou comigo mesmo
Uma crise contínua
De ânsia de náusea
Vontade de vomitar
Vontade de aborrecer
De expirar arrevessar no além
Vontade de morrer
Enjoo infinito de vida
Nojo constante de tudo
Repugnância da humanidade
Não imagino o que pode acontecer
Se não arriar este sentimento
Não baixar esta dor
Pôr no chão este tormento
Desanimar a maldade
Largar fora esta ruindade
Que carrego dentro de mim
Faz-me vergar com o peso dos versos
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