Gritam para mim tem que ousar
Não ouso tem que ter fé não tenho
Tem que acreditar não acredito
Agora é que são elas por mais que
Tente parece que caio na cama doente
Ou que transformo-me num paciente
Demente ousadia nasce com alguém?
Comigo não nasceu a fé nasce
Com alguém? comigo também não
Nasceu a audácia nasce com alguém?
Nunca a conheci todos morrem
De rir quando de porre homérico tento
Existir envergonho a nação
Familiar que muitas vezes quer ajudar-me
Desprezo por ambicionar mais
Álcool para saciar-me nasci em
Coma nasci um zumbi um morto
Vivo um gnomo um fantasma qualquer
Nasci sem desejo sem almejar o ar
Sem ufanar-me de nada amanhã
Quando morrer nem velório
Deverei ter quantas vezes morri
Sem ser velado? quantas vezes sucumbi
Nem fui pranteado sou o único ser
Que ninguém chora por mim quem
Dedicará uma canção ou falará uma
Bela poesia em minha homenagem?
Quem me resgatará da lama do lodo
Do sal? estou debaixo de rocha maciça
Rochas milenares vulcânicas sou de eras
Dantes da pré-história chegarei atrasado
Sou o atraso o antigo o retrocesso não
Vejo um vaga-lume para iluminar meus
Caminhos não vejo uma borboleta para ser
Minha estrela-guia não vejo um fio
De teia de aranha para equilibrar-me
Como um artista numa corda bamba
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