Não sou um gênio
Nem do bem nem do mal
Nem bom nem mau
Mas mau estou mais para o mal
Não sei o que é a genialidade
Não sou um artista
Não sei o que é a arte
Comi capim quando era criança
Na escola tirei diploma de burro
Não enxergo um palmo
À frente do nariz
Não tenho visão para nada
Sou uma besta infeliz
Um cão danado sem dono
Fora da coleira da corrente
Sem um quintal para abrigar-me
Não inventei nada
Nada sei inventar
Não criei nada
Nada sei criar
Só sei chorar e lamentar
A querer que as coisas
Caiam do céu
Só sei gritar a reclamar
Quando batem o pé para mim
Começo a tremer a correr
Um medo mortal
Se apodera do meu ser
Não sou o gênio da lâmpada
Não tenho poder
Não sei nem acabar
Com os meus problemas
Não sei nem encontrar
As minhas soluções
As minhas respostas
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