Estou a apodrecer-me
Preciso arejar-me expor-me ao ar
Para passar o mal cheiro
Meu espírito precisa tomar ar
Ventilar a alma espairecer
Para passar o fedor
A mente precisa refrescar-se
Não dá mais para ficar aqui
Preso dentro desta arena
Esta área central de circos
Esse lugar de pugna picadeiro
Campo de discussão palhaços
De touradas gladiadores
Chega de arenga de lavadeira
Discurso de político comprometido
Com a corrupção a roubalheira
Aranzel enfadonho da direita
Atuação neoliberal demagógica
Parais de arengar trabalhais mais
Parais de fazer discutir em vão o vazio
Altercar a globalização nociva
A disputa predatória
O argumentar só o lucro
Acaloradamente para que vejais
Quem ganha mais ao disputar
Injustamente com os fracos
Fora arengueiro entreguista
Que gostas de ser rezingueiro
Altercador da podridão
Que o chão que pisas
Se transforme em arenito
Rocha em que predominam
Grãos de areia consolidados
Incoerentes como tu
Renuncias maldito
Que teus terrenos sejam arenosos
Areento tu semelhante rei Midas
Em que tudo que tocares
Transformarás em areia
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