Meu Catulo da Paixão Cearense
Meu Patativa do Açaré meu Luís Gonzaga
Meu Lua meu Sivuca Dominguinhos
Vem também meu Riachão meu Pena
Branca meu Xavantinho minha preta
Velha Clementina de Jesus meus santos pagãos
Profanos farei um altar-mor só dedicado
A vós soubéreis fazer poesia cantar sambar
Levar a alegria aos mais áridos rincões do
Povo brasileiro viva meu poeta pantaneiro
Meu Manoel de Barros minha Cora Coralina
Que gracinha de ver te velhinha a mastigar
Poesias com maior elegância pura alegoria
Noel meu amor te amo Pixinguinha Cartola
Candeia os meus Nelsons Sargento Cavaquinho
Soubéreis engrandecer o Brasil valorizastes a
Poesia encarecestes o poema Elis Gal Nara
Bethânia Dolores Elza Elizeth junteis-vos a
Nós poetas poetisas meus Jorges cavaleiros
Guerreiros justiceiros culturais propagadores
O que será que quero mais? já tenho Martinho
Todos dentro do meu coração sei que
Ainda caberá mais todos já estão no pedestal
Imortalizados nos anais das academias da vida
Do tempo no infinito das eras até em
Quando durar o sempre o eterno aí
Orarei a vós terei outros deuses além do Deus
Dos Dez Mandamentos blasfemarei cantarei
Louvores renderei graças a quem tantas
Graças causou à poesia o Deus dos Dez Mandamentos
Sempre me perdoará pois sempre será Deus
Não deixará morrer a semente e nem a raiz
Deixada por vós quando elevar-me a tal
Altura sentirei-me ufanado agraciado
Vangloriado pelo porte da obra que por ventura
Terei criado que chegue ao menos
Até ao nível dos vossos anelos que saia da
Alpercata que saia do rés do chão que saia do
Chinelo que saia da sola furada do sapato velho
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