Apelar para quem nesta porca miséria?
Agora é hora de desgraça de tragédia
É a disgrama da qual não conseguimos
Fugir nem evitar pois não temos a quem
Apelar uns vivem sobrevivem a comer terra
Outros viram comida da terra uns digerem
Terra em seus organismos outros são digeridos
Pela terra em suas entranhas a quem
Deveremos escolher no desespero na ansiedade
Na angústia? todos somos feitos de terra
Pó entulhos todos geramos lixos doenças
Loucuras depressões só que poucos virarão
Comida da terra poucos voltarão ao pó do
Qual foram feitos não serão aproveitados
Em nenhuma forma de composição ou
De sustentação dalgum alicerce muitos
Serão dispersados junto com o pó das areias
Dos desertos mais áridos seus ossos não
Sustentarão os átrios das igrejas sobre
Esses não serão erguidas as fortalezas que
Protegerão a humanidade os ossos desses
Não descansarão nos cemitérios os
Espíritos as almas as essências desses
Se transformarão em fantasmas
Em meros simulacros de horrores
Os vestígios em pesadelos depois que o
Bloco de granito estiver amarrado no
Pescoço lançado no lago de fogo do
Inferno depois que o enxofre correu nas
Veias o ácido corroeu os nervos as
Larvas das moscas varejeiras devoraram
O tutano dos ossos não se poderá mais
Pensar a quem apelar todos os deuses
Ensurdeceram ficaram cegos todos os
Santos têm lembrancinhas do porão
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